Após um brando mês de agosto em Portugal no que a incêndios se refere, com a fatídica excepção da Serra de Monchique, inicia-se este mês com uma outra tragédia, desta feita no Río de Janeiro. O fogo, esse impedioso inimigo, reduziu a cinzas a quase totalidade do acervo do maior e mais antiguo museo do Brasil.
Trata-de de um prejuízo incalculável, mesmo que possa ser quantificado em milhões de Reais. Não há dinheiro no mundo que pague o voltar a desfrutar dessas obras.
Mas, a importância de poder preservar grandes obras e honrar a sua memória é, entre outras, a de poder inspirar as gerações atuais (e vindouras) a deixarem ainda melhores obras para o futuro. Este será, também, o mote de partida das celebrações do 40º aniversário do SNS português que irão culminar em 2019.
Para além das cerimónias oficiais, o Fórum Hospital do Futuro, irmanado com o Fórum Saúde para o Século XXI, irão promover um amplo ciclo de eventos por todo o país e pedimos, desde já, a adesão de todos os agentes económicos e sociais que colaboram e fazem parte desta grande obra nacional que é o SNS português.
Que nenhuma calamidade possa alguma vez destruir o que já foi conseguido em tão pouco tempo em Portugal – a 47ª economia mundial gera um sistema de saúde que se situa entre os 14 melhores do mundo.
Que esta obra que é o SNS possa inspirar os serviços de saúde em todos os países da Lusofonia, pela proximidade linguística, e os serviços de saúde vizinhos na península ibérica, pela proximidade geográfica, é o nosso desejo.
E que os responsáveis indiretos pela ocorrência dos incêndios em Monchique e no Rio, possam extrair as lições para que semelhantes catástrofes não voltem a ocorrer.
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