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Web summit e e-Saúde

O Impacto económico de um evento global como o Websummit Lisbon que se realizou este passado mês de Novembro em Lisboa, não é apenas nos consumos de hoteleria que foram significativos para a cidade capital e seus arredores, mas sobretudo no potencial de converter Portugal num polo de inovação à escala mundial em e-Saúde.

A empresa de consultoria em estratégia de negócios Mckinsey, publicou um estudo recente sobre o impacto económico na poupança que a chamada revolução digital (incluindo aqui a IoT – Internet of Things) poderá ter em Saúde.

A aposta nos ganhos de eficiência hospitalar já não é a principal contribuição à poupança em saúde como se pensava até aqui. Os maiores ganhos em Saúde serão conseguidos ao nivel da própria prestação dos cuidados de Saúde, através de novos procedimentos como a telemedicina ou a monitorização de indicadores de saúde e de comportamentos de risco, que poderão trazer as poupanças mais significativas (ver gráfico e video mais abaixo).

As grandes empresas portuguesas na área da Saúde como é o caso da Glintt são muito importantes para o desenvolvimento da e-Saúde e têm uma responsabilidade acrescida para poderem potenciar este “efeito websummit” não apenas em Portugal mas em todos os mercados onde operam e potenciar um ecosistema de inovação ao seu redor, tal como o fazem as grandes multinacionais como a IBM que acaba de anunciar a sede global do seu sistema Watson para a IoT (Internet of Things) na Europa.

A imagem “Portugal – Inovação – Saúde” poderá ser ainda mais reforçada pelo facto de este país ter uma estratégia para o desenvolvimento da e-Saúde que é exemplar na Europa. A própria OMS ficou supreendida pela positiva com as metodologias de planeamento estratégico que são adotadas em Portugal e o impacto que as aplicações móveis (apps) como o mySNS desenvolvida pelos Serviços Partilhados do Ministério da Saúde (SPMS) estão a ter e que são um excelente cartão de visita para a modernidade do Serviço Nacional de Saúde português junto dos seus congéneres europeus e por toda a Iberofonia.

É necessária agora mais que nunca uma cumplicidade estratégica publico-privada em e-Saúde que possa gerar mais poupança aos contribuintes e potenciar mais emprego qualificado e mais crescimento económico. A estratégia de e-Saúde para Portugal aponta claramente o caminho a seguir, e o Websummit 2017 será seguramente ainda mais relevante. Marque já na sua agenda uma vinda a Lisboa nos dias 6 a 9 de Novembro 2017, é provável que os hotéis esgotem de novo.

 

By | 2018-04-10T12:07:23+01:00 Novembro 30th, 2016|Categories: EDITORIAL|Comentários fechados em Web summit e e-Saúde

About the Author:

Licenciado em Psicologia Social e das Organizações pelo ISPA, detém um mestrado em Gestão de Informação pela Universidade de Sheffield e um doutoramento em Ciências da Gestão pela Universidade de Lancaster. A partir de 1996, desempenhou a função de professor no Instituto Superior de Psicologia Aplicada e na ISEG (Escola de Economia e Gestão da Universidade de Lisboa). Como bolseiro da Fundação Calouste Gulbenkian, concluiu o doutoramento na Management School da Universidade de Lancaster em Novembro de 2000. Acumulou vasta experiência como consultor, colaborando com o Governo Regional da Madeira (Direção Regional de Saúde) e participando em diversos projetos de consultoria e investigação em parceria com instituições como o ISEG, INETI, Câmara Municipal de Évora, várias empresas do grupo EDP, Ministério da Saúde de Portugal, Eureko BV, Observatório Europeu da Droga e PWC em Espanha. Certificado como facilitador profissional e membro da IAF (International Association of Facilitators), teve um papel crucial na conceção das Cimeiras Ibéricas de Líderes de Saúde na Espanha, além de ter sido co-fundador do Fórum do Hospital do Futuro em Portugal. Especializado em GDSS (sistemas de apoio à decisão em grupo), projetou intervenções para otimizar processos de mudança e inovação nos setores de saúde e educação. Desde 2020, é cofundador da Digital Collaboration Academy, uma empresa sediada em Londres dedicada a facilitar a adoção de ferramentas para a colaboração digital. Autor e editor da série de livros "Arquitetar a Colaboração", aborda princípios, métodos e técnicas de facilitação de grupos. Sua trajetória, combinada à experiência como residente em vários países e presentemente em Portugal, moldou sua abordagem voltada para as estratégias de colaboração e desenvolvimento económico.